InnerView: as Fases da Lua | Carolina Palmeiro

Transformação é a palavra do momento.
De alguma forma, todos estamos envolvidos em processos de revisão, mudança e fins de ciclo que deixam espaço para que algo novo nasça.

Muito me perguntam como observar os céus para saber como e quando deixar algo ir, quando definir intenções, quando dar início a algo novo e quando esperar que os resultados apareçam. Como resposta, ofereço a ferramenta mais simples e mais próxima, a que está ali todos os dias, mais precisamente todas as noites, a oferecer a sua energia potente para nos ajudar a definir, arrancar, sustentar e concluir qualquer projeto ou objetivo que queiramos alcançar: a Lua.

Pela sua proximidade da Terra, a Lua tem uma grande influência sobre nós e sobre o nosso planeta. Ela influencia as marés, as chuvas, as colheitas e a duração dos dias na Terra.

 

Internamente, provoca em nós uma grande oscilação emocional e energética ao longo dos seus ciclos, com um climax na Lua Cheia e um período de calmaria durante a Lua Nova.

 

A Lua é o astro que se movimenta mais rapidamente no sistema solar, demorando 28 dias a dar uma volta completa à Terra, passando por 8 fases durante esse ciclo. Observar as fases da Lua ajuda-nos a ganhar uma nova perspetiva sobre o momento presente e a explorar todo um potencial de manifestação a que podemos aceder todos os meses.

Assim, a proposta para hoje é explorar as 8 fases do ciclo lunar e como as podemos viver explorando ao máximo a sua energia.
Vamos?

 

Lua Nova

Esta é a primeira fase do ciclo lunar. O Sol e a Lua encontram-se no mesmo grau e é o momento certo para iniciar algo novo. Na escuridão da noite podemos refletir sobre o que queremos criar ou mudar durante o ciclo que se inicia e definir as nossas intenções. É interessante ver em que signo se encontram os dois astros e perceber que temas estarão em destaque no ciclo que agora se inicia.

A Lua Nova é a altura de visualizar, meditar, fazer um ‘vision board’ ou fazer alguns exercícios de ‘journaling’ para refletir sobre questões como:

  • que novas rotinas de saúde quero implementar?
  • que hábitos quero deixar de ter?
  • que novas dinâmicas quero criar nas minhas relações?
  • que tipo de pessoas quero atrair ou retirar da minha vida?
  • como posso trabalhar a minha relação comigo própria/o?
  • que trabalho quero ter?
  • como quero evoluir no trabalho que tenho agora?
  • que novo projeto quero começar?
  • que passo quero dar no meu processo de desenvolvimento pessoal?

Nesta fase é muito importante seguirmos a nossa intuição e, se sentirmos necessidade de desligar do mundo lá fora e recolher, é para ouvir.
Este é o momento de ouvir a nossa verdade, definir prioridades e sonhar.

 

Lua Crescente

Mas não basta sonhar, é preciso fazer acontecer! E esta fase é caracterizada pelo otimismo e entusiasmo que sentimos quando iniciamos algo novo, quando começamos a dar os primeiros passos em direção a algo em que acreditamos ou começamos a implementar mudanças positivas, com energia e sem perder o foco nos nossos sonhos e desejos.
É uma boa altura para fazer um plano de acção e definir passos concretos. Listas, muitas listas!

 

4º Crescente

Nesta fase o Sol faz uma quadratura à Lua e podem surgir alguns desafios ou obstáculos já que às vezes, inconscientemente, temos tendência a resistir à mudança. Mas é uma altura em que temos facilidade em tomar decisões e por isso devemos seguir em frente.
Esta fase pede resistência e equilíbrio e por isso meditação, exercícios de visualização e afirmações positivas são muito importantes para não perdermos o foco e a visão que tivemos na Lua Nova. “O meu objetivo já está alcançado.” “Tudo está bem”. “Eu estou protegida/o.”

 

Lua Crescente Gibosa

Aqui as metas tornam-se mais visíveis mas pode ser necessário rever, avaliar e eventualmente refinar o processo,confiando que o Universo também está a fazer a sua parte e tudo está na mais perfeita ordem. Meditação e diálogo com o nosso Eu superior e com o Universo – ou oração, se fizer sentido – ajudam a relaxar e a confiar. “Eu controlo o que está ao meu alcance e entrego o que não depende de mim, confiando que tudo está na mais perfeita ordem.”

 

Lua Cheia

Duas semanas depois do início do ciclo, o Sol faz uma oposição à Lua iluminando-a na sua totalidade. Chega o momento de colher os frutos do que foi semeado na Lua Nova e por isso é uma fase intensa, de realização, materialização e integração.

Dentro de nós transbordam as emoções, há muita energia no ar, podemos sentir-nos mais ansiosos e dormir menos bem. Mas com o céu totalmente iluminado, é uma noite de celebração em que devemos celebrar o que conseguimos mudar e alcançar, enquanto nos banhamos da luz da Lua. Devemos também aproveitar para relaxar e começar a soltar o que nos possa ter limitado durante todo o processo.

É interessante perceber em que signos se encontram o Sol e a Lua e qual é a conversa que estão a ter entre si, percebendo melhor quais são as sugestões de reflexão no momento. Meditação, um banho de imersão à luz das velas, ‘journaling’ ou mesmo dançar são óptimos rituais para esta fase do ciclo.

 

Lua Minguante Gibosa

Chegou o momento de fazer um balanço, refletir sobre o que foi alcançado e o que pode ser melhorado ou trabalhado. É também tempo de agradecer, tanto a nós como ao Universo por nos ter guiado e acompanhado em todo o percurso até aqui.
É uma óptima altura para começar um diário de gratidão.

 

Quarto Minguante

Esta é a fase de purificação e libertação. Com o céu a começar a escurecer, é hora de iniciar um trabalho interno e externo de revisão e limpeza em que deixamos ir o que já não nos serve, o que nos limitou durante todo o processo que vivemos ou que não queremos levar para o ciclo seguinte.
Destralhar, terminar uma relação ou hábito menos positivo, definir um novo limite ou fazer um detox – agora é o momento.

 

Lua Minguante

E ao fim de quase um mês, chegámos à última fase do ciclo. É tempo de ficar em sossego, de descansar e recarregar baterias antes de iniciar um novo ciclo na próxima Lua Nova. Aqui as palavras de ordem são: prazer, suavidade e descanso.
Por outras palavras: massagens, reiki, meditação, exercícios de respiração ou caminhadas na natureza.
Tudo o que nos permita regenerar e recarregar.

 

Finalizando esta viagem, é importante referir que os ciclos lunares nos indicam momentos mais propícios para darmos certos passos mas não nos devem condicionar. Há até quem goste de iniciar novos projetos na Lua Cheia e isso não significa que eles não tenham sucesso!
Se fizer sentido seguir estas sugestões, boa. Se não, está tudo bem também.

De uma forma ou de outra, a Lua está sempre lá, mesmo quando não a vemos, a iluminar-nos e a guiar-nos ao longo de todo o percurso. E Lua é intuição… Na dúvida, só temos que ouvir a nossa intuição e estaremos sempre no caminho certo.

 

Carolina Palmeiro
Innerview

 

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